quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

LÉ COM LÉ, CRÉ COM CRÉ

Certa feita, durante uma safra seca, recebendo a visita de um amigo mostrei-lhe uns DVDs que guardo de alguma brigas em torneios nacionais, em um destes torneio eu estive presente conferindo in loco a qualidade dos combatentes em um dos principais rinhadeiros brasileiros de sua época. Meu amigo, que nunca "saiu pro limpo" como já esperava, logo soltou, quando no televisor assistíamos a uma rinha embaraçada:
 - Mas aqui nas tocas brigam galos melhores dos que estes dois aí!!! 
Sorvi o mate com gosto, pois a resposta para tal afirmação estava na ponta língua, soltei: 
- Bom meu amigo,  tudo na vida é uma questão de ponto de vista. Estes galos, conforme um dos proprietários mesmo relatou-me foi pagou R$4mil, depois de alguma brigas ganhas e o outro já havia ganho outra rinha neste mesmo local, eles se nivelam, e se anularam. 
Completei:
 - Ali é um local onde encontravam-se os melhores galos, dos melhores criadores e compradores do Brasil e eles brigam num mesmo nível desportivo, esta foi uma briga por R$ 20mil os galos competiram em condições de igualdade. Lá, também sai  briga de R$1mil, para se provar isso, é fácil, é meter um galo 8, 9 horas num carro ou pegar uma avião e se atracar, aliás como naquela data da mesma briga que assistimos, um grande amigo e eu o fizemos.

Li no blog do Renato Gameiro,  http://albatrozusa.blogspot.com.br/ , já tem um certo tempo, que durante uma visitas aos haras da região de Bagé, foi assistir a um jogo de um time local que disputava a seria A do campeonato gaúcho e neste jogo chamou-lhe a atenção, um camisa 10 deste time que acabou com o jogo. Por coincidência na data de sua viagem de volta o mesmo time enfrentaria ao internacional em Porto Alegre, ele foi lá conferir o tal camisa 10 jogar pensando que iriar novamente acabar com o jogo, resumindo, um tal Guinanzu, grudou nas costas do tal camisa 10 e ele não viu o cor da bola.
Renato completou que assim como no futebol cavalos competem nivelados, time da serie A são como os cavalos de alto nível ganhadores de provas de grupo, clássicos e comparou o nível dos hipódromos e de suas disputas aqui no Brasil ao dos principais centros do turfe internacional, dizia ele que ganhar uma prova em Kentucky, em Ascot,  e o must, porem ganhar do time da série D é não ganhar de ninguém e perder pra um time da série A, é perder pra alguém.

Com galo as coisas são parecidas, competem em rodas regionais, os que se destacam são vendidos e serão provados em rodas mais pesadas de nível superior ou com topo mais alto e assim por diante.

Estes dias fui convidado pra uma pelada de futebol destas de final de ano. Lá haviam na maioria deles, jogadores que disputavam campeonatos municipais e regionais e um deles era um profissional que esteve jogando 2016 pelo XV de Piracicaba mas com seu passe vinculado ao AUDAX. Joguei por alguns minutos, de língua de fora, dei lugar para outro. Era um dos mais velhos em campo, correr atrás da molecada faz perceber que não temos mesmo idade mais para isso, jogar em nível superior, hoje é impossível. Do lado de fora pude notar melhor a diferença entre um jogador profissional e jogadores de final de semana, mesma idade, altura, peso porém uma categoria e um preparo absurdamente superior.

Assim tenho que concordar com Renato Gameiro, ganhar uma rinhazinha de 100, 200 na toca é bom, aliás, ganhar é sempre bom, mas isso não bota nosso galo num patamar numa categoria superior, logo, ganhar este tipo de rinha pode não ser mais que nossa obrigação, mas quando competimos ente os melhores ganhado ou perdendo podemos ter a devida noção em que nível encontram-se fisicamente e tecnicamente nossa galaria.
Então...desculpem-me quem assim não pensa, mas em se tratando de galo, como não existem divisões, série A, B, C ou D ou classificação de provas especiais, clássicas ou de grupo I, II ou III, deve se fazer o seguinte questionamento:

BRIGOU ONDE? 
COM QUEM? 
E POR QUANTO? 

Como diria minha falecida mãe:

LÉ COM LÉ E CRÉ COM CRÉ!!!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

HISTORIAS DE GALOS E GALISTAS "O GRANDE OSCAR DE LA HOYA"

 "La pras bandas de Londrina, 
  no sitio de Santa Fé, 
  o grande OSCAR DE LA HOYA
  fez muitos tremer o pé"
 
   O famoso e lendário(este sim lendário mesmo) OSCAR DE LA HOYAgalo que deu origem a esta linha chamada por alguns de OSCAR e por outros de DE LA HOYA, homenageado nesta música inclusive,  ficou famoso principalmente no sul no fim do anos 90 por conta de suas memoráveis apresentações
   CAITO  criador paranaense que sempre frequentou  as rodas boas do sul foi quem trouxe este galo para o Paraná e foi ele mesmo que relatou-me parte da trajetória deste fenômeno das rinhas nacionais(por mérito, não por consideração).

   Segundo Caito, o Oscar veio juntamente com um lote de frangos, pintos, comprados de um criador chamado VADO de ICEM/SP que criava para o falecido Peixinho. Curiosamente este frango cinza ou pulva de costas amarelas, já com idade quase adulta não pegava briga como os frangos que haviam vindo no mesmo lote e que haviam sido classificados. 
   
   Depois de um certo tempo já encerrado e com idade que já deveria ter sido classificado, resolveu, um dia,  depois de muita insistência em se pegar com outro. Como poderia haver uma chance de não se pegar mais tarde naquele ou em outro dia, resolveram Caito e seu tratador de já passa-lo nas esporas de uma vez e naquele mesmo momento o calçaram.  Logo que soltaram, o frango, que nunca havia sequer se arranhado com outro no terreiro, derrubou seu adversário, sendo impossível de analisar seu estilo força etc. Assim, decidiram pegar outro frango já descartado e botaram no rebolo pra classificar, mas, o frango que mais tarde viria a se tornar um dos galos mais conhecidos no Brasil novamente em poucos minutos nocauteou mais este oponente. Caito não contente sem poder analisar mais uma vez ordenou ao tratador que pegasse outro escorveiro e para seu espanto mais uma vez não durou nada, foram três frangos derrubados rapidamente.

  Dali em diante  OSCAR que ainda não tinha este nome nunca mais deixou de se pegar e seguiram com seu treinamento. Quando pronto foi levado diretamente pra um torneio em Maringá onde levou o prêmio de primeiro lugar com menor tempo, repetindo o mesmo feito no mesmo local alguns  dias após, fez ainda mais uma luta pouco tempo depois. 

   Já com confiança em seu frango, o frango pulva foi levado para o torneio nacional TRONCO SUL em Camboriú, na época centro do galismo sul brasileiro frequentado pelos principais galistas de nível onde foi emparelhado com criador tradicional de Palmeira das Missões/RS. Já observado por olheiro que havia acompanhado suas três primeiras apresentações e com ordens de comprar o galo caso o sucesso se repetisse, OSCAR mais uma vez não deu chances ao adversário vencendo em pouco tempo mais uma vez, sendo imediatamente vendido a outro grande galista paranaense de Londrina que frequentava as rodas mais bravas do  país. Foram 4 brigas sem banho na mão de Caito.

    na mão do novo proprietário paranaense que o botou este nome por ser fã do renomado boxeador norte americano(https://en.wikipedia.org/wiki/Oscar_De_La_Hoya), este FENÔMENO DE GALO CHAMADO OSCAR DE LA HOYA, fez mais 5 apresentações, uma delas em Poços de Caldas/MG.



  Na ultima foi levado ao Rio de Janeiro para apresentar-se no Maracanã das rinhas, o CLUBE PRIVE 5 ESTRELAS, onde fez sua derradeira apresentação emparelhado por uma pequena fortuna para os padrões da época contra um grande parceiro que até hoje é um reconhecidíssimo criador do estado do Pará, frequentador das melhores rodas do país.  


   Venceu adversário  dando espetáculo, sendo aplaudido em  pé pela roda onde estavam presentes os principais nomes do galismo nacional. 

   Logo após esta apresentação de gala o proprietário foi convencido pelo falecido Daniel TOSI que disse: "um galo como aquele não podia mais brigar, tinha que cruzar a genética dele", posteriormente o galo foi ainda cruzado em Minas Gerais, deixando entre 400 e 500 filhos, onde sua genética predominou

   Seus descendentes até hoje figuram nos principais pedigrees de bons criatórios, principalmente no sul brasileiro.

"Este texto foi baseado  nos relatos dos dois proprietários feitos diretamente a mim e foram reproduzidos o mais próximo da realidade possível, nomes de pessoas envolvidas tamb´me foram preservados"

BREVE EM GALOTAURA: CASOS E CAUSOS DE GALOS E GALISTAS!!!

Privilégio de poucos galistas é ou foi ter um galo reconhecido todo rinhadeiro brasileiro, quem já não ouviu falar dos famosos PÃO SOVADO, OSCAR DE LA ROYA, MIKE TYSON? Nas próximas postagens contaremos histórias de galos famosos e seus criadores tentando aproximar-se o quanto for possivel da realidade, não percam!!!

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

PERDA IRREPARÁVEL!!!


Durante este longo período que estivemos fora do ar, perdemos um grande galista e criador SR. Luiz LETTI Sobrinho  de Lages- SC.

 Seo Letti, foi nos ultimos anos, protagonista dos grandes torneios realizados no  Brasil e por que não dizer nas ultimas décadas. Juntamente com seus familiares e com seu competentíssimo tratador, sempre esteve presente nos grandes eventos galisticos no sul do Brasil, as vezes frequentando a rodas no Centro-Oeste e Nordeste brasileiro. 

Pessoa de fino e bom trato sempre educado, atencioso e honesto, foi sócio do hoje desativado Clube Tronco Sul de Balneário Camboriú, atuando sempre em alto nível na época de ouro dos torneios nacionais nesta e em outras das rodas mais duras do Brasil.

O blog GALOTAURA presta a devida homenagem a este GENTLEMAN que ficará na história do galismo nacional!!!

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

WE ARE BACK!!!

Depois de um certo tempo fora de órbita, nosso blog volta a suas atividades!!! 
Em breve novas publicações, aguardem...